Queridos IRMÃOS Madureira e Godinho,
Não, não estou esquecido... E aqui mesmo juro que tudo farei para continuar a manter vivo e presente que há Lutas... Valores... Gestos e Sabores... Caminhos e Rumos… Mulheres e Homens, de ontem como de hoje, mas já também os de amanhã… que nunca cairão esquecidos.
Não... não me esqueci que tenho dívidas que nunca poderei liquidar...
E é tão reconfortante de repente (re)conhecer, ainda mais nos dias de hoje em que nada existe sem um código de barras atrelado e em que tudo tem €'s apensos, que há dívidas que nunca poderão ser pagas!... Porque é mesmo aí, desse momento de consciência liberto das ilusões do espaço e do tempo, que emerge a noção de BEM (no sentido económico -não mercantilista-, Filosófico... Espiritual…), que emana a genuína SOLIDARIEDADE… é nessa terra fértil que germina o genuíno, espontâneo, desinteressado, fraternal e infinito sentido de pertença e de PARTILHA.
Assediaram-nos... montaram-nos o cerco e tudo isto nos têm querido roubar.
DESENGANEM-SE!...
… Apenas conseguiram... esfriar o forno… se é que disso foram capazes. Mas neste "Forno" - e só quem dele se abeirou o sabe, só quem à sua boca nas madrugadas frias de Janeiro se "aqueceu", só quem nas tardes de Primavera do seu ventre aspirou a vida - no coração deste "Forno", num lugar vedado à ganância e à mentira, à cegueira e à rapina, guarda-se uma centelha de “Luz” que jamais alguém poderá apagar... reserva-se um “Crescente de Esperança” que nenhuma minúscula aUTORIDADE desta terra será alguma vez capaz de esvaecer.
E é por isso que, aconteça o que acontecer, à nossa mesa, na nossa tigela, sempre haverá… pedaços quentes de PARTILHA (re)partidos à mão.
Quem manda e tem aUTORIDADE pode até ser capaz de nos desenraizar das nossas velhas oliveiras, cânticos vivos de resistência à adversidade do tempo e da terra… Pode até levá-las para bem longe de nós, por velozes auto-estradas, como meros objectos comerciais de decoração, subtraídas na sua dignidade rumo a jardins de requintadas mansões.
Pode tudo isso fazer, que da essência que emana dos braços rendados destas nossas irmãs não conseguirão separar-nos...
… Não, a PAZ não nos levarão. É por isso que, longe da vista, ainda assim continuaremos a tê-las sempre junto do coração… É por isso que continuaremos a seguir-lhes o exemplo de inquebrantável mas pacífica e tranquila resistência… aos obstáculos com que nos minam o caminho!
E é por isso que na nossa tigela regamos sempre a PARTILHA com um… áureo fio de PAZ
Podem até envenenar os nossos campos com a pestilência da pressa e da avidez, com os venenos do lucro fácil e rápido, cegos a meios mas também ao fim… Podem até dizimar espécies… levar à morte os enxames e emudecer-nos os campos e charnecas do labor das nossas irmãs abelhas… Podem sim, podem tudo isso fazer. Mas do néctar da Vida e do Labor Honesto não conseguirão afastar-nos!
E é por isso que na nossa tigela… tudo caldeamos com TRABALHO e VIDA numa mistura melífera.
ESTAS SÃO AS CERTEZAS que queremos um dia voltar a partilhar, em especial com aquelas tantas crianças e jovens que um dia entraram no Monte das Galegas e, em festivo e fraternal convívio, junto ao “Forno”, connosco saborearam a alegria da alquimia, a magia da transmutação, servida na forma de uma Tiborna… temperada de PARTILHA plena, PAZ profunda e TRABALHO digno!
ESTA SIM, É UMA DÍVIDA QUE TEMOS…
E QUE QUEREMOS SALDAR AO… FUTURO!
Até lá, continuaremos serena e atentamente “caminhando”… confiantes… pois que também no caminhar há Arte e Dádiva!
O confrade João
Não, não estou esquecido... E aqui mesmo juro que tudo farei para continuar a manter vivo e presente que há Lutas... Valores... Gestos e Sabores... Caminhos e Rumos… Mulheres e Homens, de ontem como de hoje, mas já também os de amanhã… que nunca cairão esquecidos.
Não... não me esqueci que tenho dívidas que nunca poderei liquidar...
E é tão reconfortante de repente (re)conhecer, ainda mais nos dias de hoje em que nada existe sem um código de barras atrelado e em que tudo tem €'s apensos, que há dívidas que nunca poderão ser pagas!... Porque é mesmo aí, desse momento de consciência liberto das ilusões do espaço e do tempo, que emerge a noção de BEM (no sentido económico -não mercantilista-, Filosófico... Espiritual…), que emana a genuína SOLIDARIEDADE… é nessa terra fértil que germina o genuíno, espontâneo, desinteressado, fraternal e infinito sentido de pertença e de PARTILHA.
Assediaram-nos... montaram-nos o cerco e tudo isto nos têm querido roubar.
DESENGANEM-SE!...
… Apenas conseguiram... esfriar o forno… se é que disso foram capazes. Mas neste "Forno" - e só quem dele se abeirou o sabe, só quem à sua boca nas madrugadas frias de Janeiro se "aqueceu", só quem nas tardes de Primavera do seu ventre aspirou a vida - no coração deste "Forno", num lugar vedado à ganância e à mentira, à cegueira e à rapina, guarda-se uma centelha de “Luz” que jamais alguém poderá apagar... reserva-se um “Crescente de Esperança” que nenhuma minúscula aUTORIDADE desta terra será alguma vez capaz de esvaecer.
E é por isso que, aconteça o que acontecer, à nossa mesa, na nossa tigela, sempre haverá… pedaços quentes de PARTILHA (re)partidos à mão.
Quem manda e tem aUTORIDADE pode até ser capaz de nos desenraizar das nossas velhas oliveiras, cânticos vivos de resistência à adversidade do tempo e da terra… Pode até levá-las para bem longe de nós, por velozes auto-estradas, como meros objectos comerciais de decoração, subtraídas na sua dignidade rumo a jardins de requintadas mansões.
Pode tudo isso fazer, que da essência que emana dos braços rendados destas nossas irmãs não conseguirão separar-nos...
… Não, a PAZ não nos levarão. É por isso que, longe da vista, ainda assim continuaremos a tê-las sempre junto do coração… É por isso que continuaremos a seguir-lhes o exemplo de inquebrantável mas pacífica e tranquila resistência… aos obstáculos com que nos minam o caminho!
E é por isso que na nossa tigela regamos sempre a PARTILHA com um… áureo fio de PAZ
Podem até envenenar os nossos campos com a pestilência da pressa e da avidez, com os venenos do lucro fácil e rápido, cegos a meios mas também ao fim… Podem até dizimar espécies… levar à morte os enxames e emudecer-nos os campos e charnecas do labor das nossas irmãs abelhas… Podem sim, podem tudo isso fazer. Mas do néctar da Vida e do Labor Honesto não conseguirão afastar-nos!
E é por isso que na nossa tigela… tudo caldeamos com TRABALHO e VIDA numa mistura melífera.
ESTAS SÃO AS CERTEZAS que queremos um dia voltar a partilhar, em especial com aquelas tantas crianças e jovens que um dia entraram no Monte das Galegas e, em festivo e fraternal convívio, junto ao “Forno”, connosco saborearam a alegria da alquimia, a magia da transmutação, servida na forma de uma Tiborna… temperada de PARTILHA plena, PAZ profunda e TRABALHO digno!
ESTA SIM, É UMA DÍVIDA QUE TEMOS…
E QUE QUEREMOS SALDAR AO… FUTURO!
Até lá, continuaremos serena e atentamente “caminhando”… confiantes… pois que também no caminhar há Arte e Dádiva!
O confrade João
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