Casa do Médico, Porto, 25 de Novembro de 1999
(Apresentação da Confraria do Pão à Comunidade Científica no decurso dos Congressos de Nutrição e Obesidade)
… Resumindo, a Confraria do Pão (Alentejo), pretende promover a discussão e reflexão, numa perspectiva alargada e sociocultural, em torno do Pão, lutando também pela certificação do Pão Tradicional como produto de qualidade, norteada pela ideia de o defender como constituinte essencial da Alimentação Mediterrânica, lado a lado com o Vinho, o Azeite e a Sopa, certa de que, ao fazê-lo, estará não só a respeitar sabiamente a mais rica herança cultural que nos foi legada, como, seguramente, a contribuir de forma eficaz para a Promoção da Saúde Pública.
Ou seja, a nossa Confraria chama a si a defesa do Pão (com maiúscula) esteja ele, ou desenvolva-se e renasça onde quer que seja!
Para tal, deseja contar com a ajuda e participação de todos os que souberem respeitar os que nos ensinaram a «descobrir o segredo do Pão» e a ditar, cientifica e religiosamente crentes da nossa razão:
NA RODA DA NOSSA VIDA
TUDO PODE ACONTECER
MAS O VERDADEIRO SABER
DA FELICIDADE PERDIDA
É UMA JOIA BEM ESCONDIDA
PELO POVO COM TRADIÇÃO
QUE NA SUA ALIMENTAÇÃO
CONSERVA A SIMPLICIDADE
DE GRITAR, EM LIBERDADE,
BEBA VINHO, COMO PÃO!
Alentejo, uma paixão, in
http://copod3.blogspot.com/
(Fevereiro de 2009)
A qualidade está no tipo de farinha e na qualidade do fermento utilizado, não me perguntes os tipos, números e nomes que eu isso não sei.
Se querem pão barato a farinha e o fermento não podem ser melhores, o resultado é o que se sabe.
Aqui por Lisboa raramente compro pão, o que tenho por norma é todo ele vindo de Vila Viçosa, mais propriamente da Confraria do Pão (Chapim, é o que foi colocado no jantar da caça). Compro, corto e congelo... não fica preguiçoso depois de descongelar, mantendo aquela boa elasticidade.
É a meu ver dos melhores a que tenho acesso, tirando o pão de sementes que fazem lá em casa.
O melhor pão que me recordo de comer e ter em casa, era um que comprava numa padaria que já fechou na Vidigueira (a velhota faleceu e a neta deixou-se daquilo, como me disseram no ano passado). Aliás, começa a ser raro encontrar o autêntico Pão da Vidigueira cozido em forno de lenha... maldita ASAE.
Ao mesmo nível de qualidade, coloco o que se vende na Galiza, mais propriamente em Cea, que se bem me recordo é o único Pão de Espanha com D.O.P.
Amanhã é proferida a sentença…
A CONFRARIA DO PÃO entende que a ida da ASAE às suas instalações, se inscreve numa decisão POLÍTICA de silenciar a sua voz CRÍTICA, fundamentada e INDEPENDENTE.
Pretender ignorar essa «realidade», já que:
*foi durante a madrugada (cinco horas);
*existiu uma flagrante contradição de comportamento entre os dois Inspectores;
*houve uma mudança brusca de «objectivos» pela parte de um deles que causaram «perplexidade» / atrapalhação à outra;
* dias antes houvera uma reunião com a ASAE na Câmara Municipal do Alandroal;
*existiu um imenso aparato na 2ª ida, armados, com recurso à GNR, ainda antes de terminado o prazo legal para o recurso judicial da Confraria contra a primeira acção da ASAE;
*foi usada a mentira na afirmação para justificar à GNR o pedido para forçar a entrada: «nunca mais quiseram saber da notificação», imediatamente desmentido por terem caído das mãos de um dos agentes da ASAE vários documentos onde era visível o logótipo da Confraria (faxes e cartas entretanto enviadas e recebidas pela ASAE);
*existiu um absoluto silêncio em relação aos nossos dois pedidos de audiência (um por carta, outro entregue em mão com comprovativo), formulados antes do «encerramento» e nunca respondidos!
Pretender ignorar esta flagrante realidade, dizíamos, para, através do recurso à «interpretação de leis e regulamentos» de aplicação mais que duvidosa e no mínimo inconstitucionais, isto é, para atirar com a RESPONSABILIDADE para a Justiça, NÃO ABONA A FAVOR DOS GOVERNANTES.
Aceitá-la, mesmo que ingenuamente, NÃO ABONARÁ EM FAVOR DA JUSTIÇA, quiçá a principal depositária da esperança e dignidade que resta na actual sociedade da abastança, da corrupção e do «faz de conta».
Aliás, já ensinava o insuspeito Poincaré que «Tudo o que for separar a política (e mais ainda a politiquice dos politiqueiros) da JUSTIÇA, é obra de saúde pública».
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