sexta-feira, 13 de março de 2009

A COMISSÃO E O PÃO (1)

Junho de 2002, Confraria do Pão
Reconhecem-se o Coordenador da AIZM, o Gerente da Ratel e o Dr. Véstia da Silva


Em Dezembro de 2000 fizemos presente na Comissão (CCRA) uma Candidatura para «Adaptação e Remodelação de um Monte para Sede da Confraria» a qual, em Março seguinte, foi distinguida pela mesma como importante contributo para o Desenvolvimento do Alentejo e mereceu destaque na Net.
Ultrapassados obstáculos inesperados à sua aprovação superior (ministerial), estória que um dia contaremos pormenorizadamente, veio a ser aprovada em Agosto de 2001.
Em Novembro do mesmo ano, na condição de «representante do então Presidente da CCRA», em Campanha Eleitoral para a Câmara de Évora, o Coordenador da AIZM (Acção Integrada da Zona dos Mármores), a que a Confraria estava adstrita, interveio na Assembleia Geral da Confraria incitando-nos a «exigir (da CCRA) os apoios para (nos) dotar do equipamento necessário à importante actividade que leva(va) a efeito».
No final do mês o nosso Confrade responsável pela elaboração das candidaturas, por cartão de visita, recomendou-nos para fornecedor do equipamento o Gerente da Ratel.
Durante os meses seguintes, todos três (Confrade mandatado, Gerente da Ratel e Coordenador da AIZM) em cooperação e com inúmeras reuniões na Confraria, elaboraram a candidatura, com a aprovação tácita da Direcção da Confraria.
Antes do Congresso de Cultura Mediterrânica, de «muito interesse para a CCRA» nas palavras do Coordenador da AIZM, a candidatura ficou pronta. Durante a sua elaboração a Confraria apercebeu-se da relação de intimidade entre o Gerente da Ratel e o então Vice-Presidente da CCRA, a ocupar a Presidência.
Assim mesmo, e com as repetidas garantias de inequívoca aprovação da candidatura dadas à Confraria, sobretudo pelo Gerente da Ratel, perante o elevado montante em causa, foi decidido deferir a entrega da maioria do equipamento para «depois da aprovação» e fez-se saber expressamente à Ratel que condicionávamos todo o prometido «negócio» à mesma aprovação.
Em Junho o Gerente da Ratel convidou o Presidente da Confraria para um almoço com o seu amigo Vice-Presidente/Presidente da CCRA, onde este uma vez mais garantiu a aprovação em causa, agora datada para «antes de 14 de Agosto, quando abandonar o cargo».
Não abandonou e, em Setembro, de parceria com o outro Vice-Presidente/Presidente, devolveu, «para reformulação», a candidatura em que o seu amigo «estava a arder».
A reformulação, elaborada com a presença do Coordenador da AIZM e a supervisão do Vice-Presidente/Presidente da Comissão, foi presenciada pelo Gerente da Ratel, convocado pela Confraria.
Desmembrada em três candidaturas, duas delas foram apresentadas em Outubro ficando a terceira condicionada à aprovação das anteriores.
Em Fevereiro (2003), uma delas foi reprovada pelo que a terceira não foi entregue e «começou a guerra com a Comissão». Que continua.
Em Outubro de 2003, já desesperado e aparentemente traído pelos seus amigos, o Gerente da Ratel procedeu à facturação do equipamento que pretendia vender à Confraria. As facturas foram de imediato devolvidas e o material posto à sua disposição.
Hoje decorreu no Tribunal de Estremoz a terceira sessão do Julgamento daí resultante. Uma vez mais, voltou a faltar o Coordenador da AIZM, amigo do Gerente da Ratel mas indicado pela Confraria como testemunha…
No próximo dia 16 de Abril proceder-se-á à leitura dos quesitos.

A Confraria do Pão mandatou inicialmente o Dr. Marinho Pinto que se afastou do Processo, sendo representada desde então pela Drª Constança Maltez a quem aqui deixamos registada a nossa total confiança e reconhecimento pela forma digna e profissionalmente irrepreensível como, em condições adversas, tem desenvolvido o seu trabalho.

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